Acompanhei, os contactos iniciais, ouvi as conversas, vi como da desconfiança se passou progressivamente à confiança, da confiança à adopção.
Esta é uma grande qualidade do Pedro, a sua capacidade para chegar à fala com as pessoas e progressivamente pô-las a falar de si, dos seus, dos problemas pequenos e grandes.
Em breve esta comunidade vai deixar de existir, talvez para seu bem.
Acompanhei, os contactos iniciais, ouvi as conversas, vi como da desconfiança se passou progressivamente à confiança, da confiança à adopção.
Esta é uma grande qualidade do Pedro, a sua capacidade para chegar à fala com as pessoas e progressivamente pô-las a falar de si, dos seus, dos problemas pequenos e grandes.
Não foi fácil, esta comunidade vive segregada entre o Caminho de Ferro e o mar que é a sua seara. Para os outros são ainda os Índios da Meia Praia.
Vencidos os receios, as histórias das famílias foram-se desenrolando, por vezes na maior intimidade como quem conta o passado aos filhos. Das muitas histórias, o Pedro soube no meu entender ressaltar o mais importante, sem violência, com a sensibilidade de quem está ali para respeitar.
Da sua triste história até ao sucesso, maior ou menor, foram eles os actores a dizer o que era justo recordar, foram eles a chorar os seus dramas ou a rir-se das tristezas. E é isso que vemos no filme.
Feito com meios tão reduzidos, e com limitação de tempo, é um trabalho maior, que prende o espectador, que questiona, que sensibiliza.
Em breve esta comunidade vai deixar de existir, talvez para seu bem.
O seu passado mais uma vez foi registado, com as suas falas, com os seus dizeres, com os seus sentimentos. Gostei de participar.
Obrigado Pedro
# elvira santiago # arrumadora de palavras Serão os índios felizes? Outros - do Algarve também, do Algarve que poucos conhecem - dizem-me que uma casa é muito. Que, depois de terem casa, há índios que passam a conseguir entrar em filmes, tal e qual como os outros que andam por aí.
# gonçalo m. tavares # escritor “Observar o observador observando” 1. Todo o interior das formas é escuro. Escuro é outro nome para o invisível. 2. Mesmo o interior tem um negro ainda mais negro («Nigrum nigrnigririus nigro», diziam os alquimistas”) 3. No avesso do visível: o que nos vê.
# Lourenço melo # realizador Mais uma vez um olhar fascinante sobre o nosso povo, com o bom gosto a sinceridade, o humor e a humanidade que o Pedro já nos habituou, é imperativo que termines o teu projecto MICROCOSMOS.
4 comentários:
Olá! Por cá passarei! TN
Bom dia Pedro! Comecei bem o dia com a divulgação deste teu blog. Será para mim um privilégio poder acompanhar o teu trabalho e aprender com ele as diferentes formas de pensar e sentir o mundo em que vivemos. Um grande beijinho para ti e para todos. Marta Cruz (Arrifana)
A Associação Monte, que trabalha há mais de dez anos no Alentejo Central, em
particular temáticas ligadas ao desenvolvimento local, gostaria de promover,
no Centro de Artes Tradicionais em Évora (antigo Museu do Artesanato) uma
pequena mostra de filmes nacionais de identidade rural/tradicional. Nesse
sentido temos vindo a realizar uma pesquisa de filmes e autores com obra que
se integre nesta temática. Deparámo-nos, entre outros, com o filme "Entraste
no jogo tens que jogar, assim na terra como no céu". Assim, gostaríamos de saber se é possível e qual o custo para a sua inclusão
na mostra de cinema, a decorrer em Évora, previsivelmente em Maio-Junho.
Agradecendo desde logo a atenção dispensada, ficamos a aguardar a vossa
resposta
Irene Aparício
Monte A.C.E
Rua Joaquim Basílio Lopes, n.1
7040-066 Arraiolos
Tel.: 266 490 090
Fax: 266 419 276
COMO POSSO ADQUIRIR O ELOGIO AO MEIO EM DVD? SERÁ QUE JÁ SAIU EM DVD?
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